sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

" Aquarela..."




Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América à outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faco chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá

domingo, 25 de novembro de 2007

Meu primeiro texto.... de PPP.


Um olhar Reflexivo sobre Creche

Esse trabalho tem o objetivo de compreender o verdadeiro significado da Educação Infantil, em especial as creches, tendo em vista, que a mesma tem sido compreendida como um espaço meramente assistencial desprovido de uma proposta pedagógica que considere a atividade educativa como uma ação intencional.
Essa produção se fundamenta em teorias discutidas em sala de aula, que foram obtidas através de dados, feita durante as visitas nas escolas e diálogos com seus colaboradores e beneficiados e em obras escritas por profissionais da área.
E, diante do atual cenário que se encontra a Educação Infantil no Brasil, em que apenas esse ano o governo a assumiu com o FUNDEB ( Fundo Nacional da Educação Básica). Faz-se necessário um olhar teórico-reflexivo sobre o contexto que envolve essa etapa da educação.
Durante muito tempo a educação da criança foi considerada uma responsabilidade das famílias ou do grupo social ao qual ela pertencia.
As creches e pré-escolas surgiram depois das escolas e o seu aparecimento tem sido associado com o trabalho materno fora do lar, a partir da Revolução Industrial.
A creche historicamente vista como refúgio assistencialista, criada com o objetivo de atender a crianças de baixa renda, era entendida como instituição ligada apenas para cuidar e guardar crianças, onde se apresentava como substituta da instituição familiar.
Somente a partir da Constituição de 1988 a Educação Infantil passou a ser reconhecida um direito da criança e um dever do Estado. Reafirmando esse direito a LDB nº 9394/96 estabelece o atendimento as crianças de 0 a 5 anos em creches e pré-escolas passando dessa maneira a ser considerado como primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o “desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade”.
O grande desafio da educação hoje é, no entanto, modificar essa concepção de educação assistencialista e levar muito além de aspectos legais. É evidenciar a especificidade da Educação Infantil, rever concepções sobre a infância e a forma como o processo de ensino-aprendizagem se desenvolve nessa instância educativa. Tendo em vista todas essas questões que envolvem a Educação Infantil, enfatizando a creche, faz-se necessário uma discussão de elaboração de uma proposta pedagógica adequada a essas instituições, em especial a que foi observada.
A integração das creches e pré-escolas no sistema de ensino exigido pela Lei nº 9394/96, ampliou o debate sobre qual seria uma proposta pedagógica adequada para essas instituições, onde Zilma Ramos destaca:

A busca dessa proposta partiu da consideração de que todos os ambientes educacionais são culturalmente construídos, moldados por gerações de atividades e criatividade humanas mediadas por complexos sistemas de crenças ligadas a objetivos e prioridades para a aprendizagem. (OLIVEIRA, 2005.p.168.).

A construção de uma proposta pedagógica implica a uma organização curricular onde esta medie a relação entre a realidade cotidiana da criança e sua realidade social, com conceitos, valores e visões de mundo. Como ainda refere-se Zilma Ramos: “currículo não pode ser entendido como um plano individual predeterminado. É um projeto coletivo, uma obra aberta, criada e apropriada para o aqui e agora de cada situação educativa”.(OLIVEIRA, 2005.p.169).
Desenvolver um currículo para creches, envolve elaborar propostas que proporcionem mudanças e orientem rotas. Além de que deve ocorrer baseada em análise com estabelecimento de metas e de prioridades, levantamento de recursos, na definição de etapas e atividades básicas ou como, Zilma Ramos enfatiza: “Envolve sensibilidade e uma visão de criança como alguém competente e de direitos próprios”.
Evidencia-se que o desenvolvimento do trabalho educativo deve respeitar a infância, enfatizando as diversidades culturais. Em relação à formação histórica, busca-se hoje com o planejamento para creches e pré-escolas romper com a tradição de isolamento com as perspectivas infantis dentro de um mundo controlado por adultos com tarefas descontextualizadas propostas as crianças. Percebe-se hoje, que tarefas tradicionais são substituídas por atividades de livre expressão e troca de opiniões.
Observando a afirmativa citada é perceptível que o novo contexto de Educação Infantil requer propostas curriculares abertas e flexíveis, onde as atividades devem ser diversificadas e constantemente avaliadas.
Nesse contexto, vale ressaltar que a instituição observada precisa necessariamente de uma proposta pedagógica que enfatize todas essas condições que foram aqui ressaltadas. Cabe ainda, que se reveja as atividades e planejamentos aplicados, assim, incube a coordenação pedagógica um apoio mais presente, um acompanhamento didático mais expressivo, além de treinamento e cursos de formação continuada, voltadas para esse nível de ensino.
A coordenação pedagógica precisa rever os conceitos sobre creches e apresentar a comunidade um diferencial, mostrando a devida importância que tem essa instância educativa para as famílias dessa comunidade, onde possa trazê-la para dentro da mesma.

Educar....


Educar é como amar.
É fazer a criança sorrir,(mesmo
sem dentes ).
É brigar se for necessário, com o
objetivo de ajudar.
È fazer com que cada um veja o sol
com os próprios olhos.
É oportunizar a criança, o adolescente
o adulto ou o ancião .
É acreditar no voar perto do chão.
Mas, sempre sorrindo, cantando,
falando, dançando com toda vontade de Educar.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

PARA SARA, RAQUEL, LIA E PARA TODAS AS CRIANÇAS




Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender. Que é em vocês natural.Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos, que possibilitasse seu crescimento físico e sadio. Normal. Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza. O ar, a matéria, as plantas, os animais. Seu próprio corpo. Deus. Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação. E que dessas coisas lhes ensinasse não só a conhecer como também a aceitar, a amar e preservar. Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa história e a nossa terra de uma maneira viva e atraente. Eu queria uma escola que lhes ensinasse a usarem bem a nossa língua, a pensarem e se expressarem com clareza. Eu queria uma escola que lhes ensinasse a pensar, a raciocinar a procurar soluções. Eu queria uma escola que desde cedo usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de número, as operações...Usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcariinhas...fazendo vocês aprenderem brincando. Oh! Meu Deus!Deus que livre vocês de uma escola em que tenham de copiar pontos. Deus que livre vocês de decorar sem entender nomes, datas, fatos. Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos”, mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis. Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo,repetindo, repetindo... Eu também queria uma escola que ensinasse a conviver, cooperara respeitar, a esperar, a saber viver em comunidade, em união. Que vocês aprendessem a transformar e criar.Que lhes desse múltiplos meios de vocês se expressarem cada sentimento.Cada drama, cada emoção. Ah! E antes que eu me esqueça:Deus que livre vocês de um Professor incompetente.




Carlos Drummond de Andrade

sábado, 17 de novembro de 2007

Educação Infantil tudo começa aqui....


Oi! pessoal eu sou Deize, e estou aqui pra dividir com vocês minhas dúvidas e experiências... espero a colaboração de todos nesse processo de construção do conhecimento...

Adoro crianças, e pretendo desenvolver meu campo de pesquisa na Educação Infantil. E diante, desafio da educação hoje que é, modificar essa concepção de educação assistencialista e levar muito além de aspectos legais. É evidenciar a especificidade da Educação Infantil, rever concepções sobre a infância e a forma como o processo de ensino-aprendizagem se desenvolve nessa instância educativa. Desta forma, é necessário que se compreenda a concepção de infância, respeitando as crianças como alguém competente e de direitos próprios,o fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes, livres e queridas. Onde, segundo Dr.Marcio Lisboa

“A escola dos pequeninos de ser um ambiente livre, onde o princípio pedagógico deve ser o respeito à liberdade e à criatividade das crianças. Nela, os pequeninos devem poder se locomover, ter atividades criativas que permitam sua auto suficiência, e a desobediência e a agressividade não devem ser coibidas e, sim, orientadas, por serem condições necessárias ao sucesso das pessoas.”
(LISBOA, 1998, p. 15)